Paintless Dent Repair (PDR), traduzido para o portugês "Reparo de amassados sem pintura".
É um método moderno e artesanal para corrigir imperfeições e desamassar a lataria de veículos. Mas
esse procedimento remete às orgines antigas do Repoussé (repuxamento) e à perfuração, que datam do século III a.C.
O Repoussé era uma técnica usada para moldar metal maleável pela parte de trás usando um martelo, trabalhado como
um método artístico para criar desenhos e esculturas em relevos.
No inicio do século XX, a remoção de amassados sem pintura foi iniciada por Frank T. Sargent em 1931, quando ele escreveu
uma obra inovadora "The Key To Metal Bumping"(A chave para bater em metal). Este livro descreve as ferramentas de
reparo de amassados sem pintura, como usá-las e até mesmo fornece ilustrações sobre como se pode prever que o
metal se mova.
Quase 30 anos depois, Oskar Flaig, um funcionário da Mercedes-Benz na Alemanha fez a primeira exibição pública registrada
em fevereiro de 1960 durante o "International Motor Sports Show" na cidade de Nova York. Após o evento, Flaig, de volta ao
seu país natal foi promovido a capataz na fábrica da Mercedes em Sindelfingen, a partir daí, desenvolveu
ferramentas específicas além de técnicas especiais que poderiam ser usadas para reparo de amassados sem pintura. Ele
recebeu o apelido de "latoeiro dourado" e criou vários programas de treinamento de PDR em todas as unidades da fábrica.
Seu trabalho não passou despercebido e logo expandiria.
Entre 1979-1983, um alemão, Juergen Holzer mudou-se para Minneapolis, Minnesota (EUA) e fundou a Dent Kraft (o primeiro
mercado registrado nos Estados Unidos que usa reparo de amassados sem pintura). Ao longo dos anos, o PDR evoluiu
e no finál do século já estava em quase todas as fábricas do mundo, avançando e evoluindo para o que é hoje.
A continuidade de imigrantes que a Amrica do Sul recebeu no final do século XIX não parou e sofreu várias influências
culturais, rurais, comercial e industrial, tanto dos EUA quanto da Europa. Graças ao acordo da Associação
Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), os métodos de produção eram fortemente introduzidos no continente;
destaca-se, sobretudo, o setor da indústria automotiva. Já na década de 1990 o PDR estava nas linhas de montagem das
montadoras, chamada de DSP (Desamassamento Sem Pintura).
Porém, foi no final dos anos 90, em Taubaté-SP que a técnica ganhou uma fama notável nas montadoras. O tempo
foi passando e o processo foi saindo das fábricas chegando às ruas, em ofcinas mecânicas e centros de reparo de carros,
foi então que a técnica ganhou o nome popular de "martelinho de ouro", referenciando o termo "de ouro", que significa
algo precioso trabalhado com um martelo, de baixo peso, posito e muito bom.
O martelinho de ouro ganhou seu lugar no mercado brasileiro, pois alguns métodos tradicionais de reparo envolvem lixamento
e produtos químicos agressivos que podem danificar o valor de revenda de um carro. Em contraste, o martelinho de ouro
envolve ferramentas que remodelam o metal da parte de trás da lata danificada, o que é mais seguro, rápido e evita
comprometer o valor de revenda, mantendo a pintura intacta. Comparando a estes serviços que é o de pintura
e funilaria, o preço para no martelinho de ouro em geral é mais barato.
A técnica artesanal do martelinho de ouro hoje é a mais procurada, especialmente em casos como granizo, que afeta
diretamente a lataria do carro, bem como amassados de batidas de porta, arranhões, danos de estacionamentos, entre
outros acidentes drásticos no veículo. Tudo isso pode ser recuperado artesanalmente sem haver nenhuma
alteração originalidade da pintura.
É comum ocorrerem tempestades de granizo, deixando veículos com amassados chegando ao tamanho de uma bola de sinuca por toda a lataria. Como resultado, as seguradoras têm recomendado que a reparação por 'Martelinho de Ouro' é o método preferido de reparação.
Técnica de remoção de “extrator de cola” para puxar o metal de volta para o lugar a partir da parte frontal da lata.
Técnica do puxador de amassados para empurrar o metal de volta para o lugar a partir da parte externa do painel. Os técnicos aplicarão pressão na parte de trás do painel enquanto usam o levantador de amassados para empurrar o metal de volta para o lugar.